sábado, 29 de abril de 2017

Pedro Américo

Pedro Américo de Figueiredo e Melo nasceu no dia 29 de abril de 1843 na cidade de Areia, estado da Paraíba. Proveniente de uma família de poucos recursos, juntamente com seu irmão Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo seguiu pelo caminho da arte desde cedo quando faziam bonecos de miolo de pão e alimentavam a imaginação com as aventuras dos deuses e semideuses da mitologia grega. 
Conta-se que o sonho do pequeno Pedro era voar, assim como Ícaro, e para tal intento confeccionou umas asas de cera que foram testadas do sótão de sua casa. O resultado de tal empreendimento para Pedro foi se esborrachar no chão. A família sempre teve vínculos com a arte, e o talento de Pedro Américo logo se destacou, repercutindo pela cidade sua capacidade em desenhar.

Imagem: Pedro quando criança.


sábado, 15 de abril de 2017

Rua do Sertão

Por muito tempo as atuais ruas Pedro Américo e Professor Xavier Júnior - também chamada de Rua do Sertão, por ser caminho para o Sertão - foi conhecida como Rua Grande isso em virtude de sua largura, justificada pela presença de uma pequena lagoa. Em alguns mapas cartográficos do século XIX elas também aparecem com a denominação única de Rua Direita. 
A Rua do Sertão,  desde o princípio foi marcada pela construção de residências notáveis, conservando em seus traçados a influência da arquitetura colonial. Nela políticos influentes também construíram casas de moradias, sobrados e estabelecimentos comercias.





quinta-feira, 13 de abril de 2017

Parque Lima

A viagem era longa e exaustiva. Depois de animar, entreter e mobilizar uma das diversas cidades do interior do Nordeste, quilos e mais quilos de equipamentos eram desarmados e em seguida postos em caminhões que seguiam até a região mais próxima.  Movendo-se por horas a fio nas estradas esburacadas, o comboio finalmente chegava a Areia. 
Armar os brinquedos e barracas era uma atividade hercúlea, que exigia a contratação de alguns areienses. Mas o esforço não era vão, a família Lima embalada pelas lâmpadas coloridas, que iluminavam os sorrisos dos cidadãos, via aos pouco seu parque de diversão ganhando forma.  
O processo de armação do parque era acompanhada também por várias crianças, que esperavam ansiosamente pelo início das atividades do parque. Instalado na praça central, ao lado da matriz, na festa de padroeira de Areia, o Parque Lima era o atrativo que viabilizava lazer, diversões e encontros. 
A roda gigante do parque, operada por Xerefa, que era conhecido em toda cidade por ser gordinho, embalava os sonhos de muitas crianças que esperavam o ano todo pela chegada do parque de seu Lima. Parar no ponto mais alto da roda gigante enquanto as cadeiras de baixo eram desocupadas e ocupadas ao mesmo tempo, era o máximo.
 Conhecer seu Lima era uma atração a parte, todas as crianças tinham o prazer de dizer que conhecia o dono do parque. A alegria da criançada era maior quando seu Lima fazia uso de um talão de ingresso azuis, o que representava ingressos grátis, cortesias do dono do parque.  Todos os que andavam na roda gigante, no carrossel ou nas zebras viam a vida brilhar.
Todavia depois de tanta alegria ofertada aos areienses o brilho da vida pulsando no cume da serra, da movimentação, dos namoricos, do lazer eram desvanecidos com o vazio da partida do parque. O que ficava então era as lembranças dos dias vividos em torno dos brinquedos da família Lima e a expectativa que no próximo ano as sensibilidades individuais poderiam ser novamente aguçadas.

Parque ao lado da matriz de Areia 

Zebras de um dos brinquedos do parque Lima 

O rosto do homem, seu Lima, que marcou toda uma geração de areienses. 

Este requerimento comprova que o 1º Carrossel de Cavalinhos feito pelos irmãos Lima teve sua estréia, na cidade de Areia em 30 de novembro de 1937.

sábado, 8 de abril de 2017

Rodolfo Pires

Rodolfo Pires de Melo, nasceu em Areia no ano de 1860, filho de Tristão Grangeiro de Almeida e Melo e de Guilhermina Pires de Almeida. Casou-se com Ermelina Pires Coelho Lisboa e tiveram duas filhas; Julieta e Lylia. Foi jornalista, músico e ator de teatro. Exerceu diversos cargos como agente dos Correios, contador da Justiça, escrivão da delegacia, secretário da Câmara Municipal, topógrafo, redator do Jornal "A Verdade", secretário da "Emancipadora Areiense", poeta e músico. Foi também autor da letra e da música do Hino da Redenção, tocado no dia da libertação dos últimos escravos de Areia. Era primo legítimo de Pedro Américo. Faleceu muito jovem em 28 de outubro de 1892.

Fonte: Cacau Teixeira