Recolhido ao voluntário isolamento em Tambaú, depois de algumas derrotas na política, dedicado à leitura e à produção literária, sempre pronto a receber os amigos - tanto a ouvir e a aprender quanto a dar conselhos -, José Américo viveu os últimos vintes anos de sua vida.
A solidão adveio com a morte da esposa em 1962 e com a perda do filho caçula, José Américo filho, desaparecido em trágico acidente de automóvel na Bahia em 1973. Sua filha, Selda, morre em 1979. A presença insubstituível de Alice foi ocupada por uma secretária dedicada, Maria de Lourdes, que o acompanhava nas viagens e a quem ele ditava seus escritos. Com seu filho mais velhos, Reynaldo, general-de-exército e ministro do Superior Tribunal Militar, mantinha contatos permanentes - por radioamador, hábito que o filho cultivava. A acentuada perda da visão, chegando à cegueira, nunca impediu de manter-se a par dos acontecimentos cotidianos, da vida literária e política.
Na vida pública, sua atuação nessa fase de isolamento foi ao mesmo tempo discreto e incisiva, conseguindo ainda eleger na década de 70 dois governadores: Ivan Bichara e Tarcísio Burity.
Obs: como no próximo dia 10 comemora-se o nascimento de José Américo, temos feito uma série de publicações que dizem respeito a ele e sua família.
Fonte: O Nordeste e a Política.
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