No universo cultural de Areia, repleto de homens voltados para as letras, não faltou meios de comunicações impressos que propalassem ideias políticas, educacionais, religiosas e etc.
O primeiro jornal impresso em Areia foi o “O Areiense”, fundado em 1877, por Júlio Silva filho do latinista Joaquim da Silva, e circulou por pouco mais de três anos. Outros jornais de pequena duração também foram impressos em Areia como “O Século” e “A Educação” ambos entre os anos de 1866 e 1883. Já no período republicano circularam os periódicos “A Escola”, em 1890, “O Democrata”, entre 1892 e 1895, “O Mosquito”, entre 1894 e 1896, “O libertador”, em 1895, e o “Cidade de Areia”, de 1899, entre outros.
Dentre todos os jornais que eram produzidos em Areia, o que teve vida mais longa, marcando a história da cidade ao empunhar as bandeiras próprias do século XIX, foi a “Verdade”, um “órgão progressista e noticioso” que desempenhou seu papel informativo e de denúncia entre os anos de 188 e 1896.
O jornal “Verdade” foi fundado em março de 1888 por Manuel da Silva, já conhecido na sociedade areiense por sua luta a favor da abolição. Não podendo ser diferente Manuel dedicou a maior parte das páginas de seu periódico à luta contra a escravidão. Apesar de não ter uma periodicidade certa, o jornal conseguiu não só discutir a questão abolicionista, mais também diversos temas como o positivismo e espiritismo, a defesa do republicanismo, além de publicar biografias dos filósofos da antiguidade, trazia noções de ciências físico-naturais, de mitologia, de agricultura e principalmente de espiritismo, onde era transcritos texto do jornal “Reformador”, órgão de comunicação espírita do Rio de Janeiro.
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