terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Areia

Ruas Pedro Américo e Xavier Júnior (antiga Rua do Sertão), antes do aterramento e arborização.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Despedida do Engenho da Várzea

Em 1912 a família de José Rufino, juntamente com amigos e vizinhos, se reúnem pousando para essa foto, depois de venderem o engenho.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Praça Central

Em 1966 na administração de Elson Cunha Lima o antigo coreto - construído na gestão de Jaime de Almeida - foi derrubado e construída essa praça que está na foto. Isso foi motivo de muitas criticas, pois estava em desacordo  com a arquitetura antiga da cidade. Em 1988 o prefeito Tião Gomes iniciou a reforma dessa praça, sendo derrubada essa estrutura. O projeto com o aval do Patrimônio Histórico previa a construção de um coreto semelhante ao antigo, mas somente na gestão de Ademar Paulino em 1989, foi feito e concluida a Praça.


sábado, 18 de fevereiro de 2017

Construção da igreja matriz .

Com a anexação do território da capitania da Paraíba à de Pernambuco, entre 1756 e 1799, devido ao fato da Paraíba estar passando por uma grande crise econômica, Areia ficou sob a jurisdição eclesiástica e administrativa de Mamanguape, que distava a 145 quilômetros. A anexação da Paraíba a Pernambuco acabou revelando uma série de inconveniências próprias de qualquer relação de dependência-dominação. Dessa forma a população areiense ficava aos cuidados do vigário de Mamanguape que visitava a comunidade uma vez ao mês. Todavia esse remédio espiritual homeopático não satisfazia os anseios da população. Colocando a mão na massa o povo construiu, onde hoje se ergue a matriz de N. S. da Conceição, uma pequena capela que não passava de um casarão de palha. Por volta de 1808 o vigário de Mamanguape teve a iniciativa de reformar a capela, cobrindo-a de telha.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A igreja.

A igreja avançava ocupando um entroncamento de rua  (...) ela não se reduzia a um lugar de devoção e de festas. Servia de depósito de defunto. Chegava a rede e era largada no chão com o corpo dentro. 
A tragédia do Sítio Velho avermelhou esse ambiente. Foi o seguinte: tornaram-se inimigos membros de uma mesma família que moravam em sítios vizinhos. Sobreveio uma questão de limites, responsável em todo o interior por violentos conflitos.
Como protesto, pelo dano sofrido em sua lavoura, um cortou a cauda de uma ovelha de outro. Foi o bastante. Utilizando as armas e todo o material agrícola, passaram a matar-se e o resultado da luta estava exposto nesse lugar sagrado. 
Deixaram-me ir ver aquele horror. Eram nove, se bem me lembro, entre mortos e feridos. Um quadro que para sempre se gravou na minha memória foi o da mulher grávida que tinha a cabeça partida por uma foice e o ventre rasgado á faca.  

José Américo de Almeida.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Foto mortuária do pai de Cora Coralina.

A foto mortuária exposta na “casa velha da ponte”, que abriga o museu Casa de Coralina, foi emoldurada pela própria poetisa que a colocou ao olhar público.
A exposição é montada para evocar a memória do desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, pai da poetisa, natural de Areia, na Paraíba. A foto exposta71 (Fig. 34) constitui em um evento crítico já que o apresenta morto, sentado em uma cadeira e vestido com sua toga, em 15 de outubro de 1889. A foto mortuária consiste em um indício do enlutamento (...) sob o quadro, uma cadeira vazia contribui para reforçar a ideia de ausência, as flores artificiais laterais consolidam o culto à saudade e uma cópia manuscrita do poema “Meu pai”, explicitando o discurso autobiográfico e a memória. 

Meu pai se foi com sua toga de juiz. 
Nem sei quem lha vestiu. 
Eu era tão pequena, 
mal nascida. 
Ninguém me predizia – vida. 
Nada lhe dei nas mãos. 
Nem um beijo, 
uma oração, um triste ai. 
Eu era tão pequena!... 
E fiquei sempre pequenina na grande 
falta que me fez meu pai (CORALINA, 1976, p. 103)


Fonte: Clovis Carvalho Brito. Gramática expositiva das coisas: a poética alquímica dos museus-casas de Cora Coralina e Maria Bonita. 


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Dr. José Antônio Maria da Cunha Lima nasceu em Areia, no dia 29 de agosto de 1850, filho de Manoel Gomes da Cunha Lima e de Francisca Antônia da Conceição.
Estudou as primeiras letras em Areia, com o professor José Inácio Guedes Pereira, sendo depois aluno do renomado mestre Joaquim da Silva, nas cadeiras de latim, português, francês e matemática. Em seguida, fez os preparatórios no Recife e ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde bacharelou-se em 1872. Regressou a Areia passou a advogar em toda região e no ano de 1875 foi nomeado juiz municipal de Bananeiras para o quadriênio 1875-1878.
Cunha Lima casou-se com Inácia Cândido de Melo e tiveram vários filhos: Coronel Sizenando da Cunha Lima, Josefa da Cunha Lima, José Antônio Maria da Cunha Lima (Coronel Cunha Lima), Maria Eugênio da Cunha Lima, Isabel da Cunha Lima, Manoel da Cunha Lima, Pedro da Cunha Lima e Bertha Áurea da Cunha Lima.
Após o término de seu mandato de juiz municipal, voltou a advogar e ingressou firme na política pelo Partido Conservador, que era chefiado em Areia pelo Dr. José Evaristo da Cruz Gouveia.
A primeira participação do Dr. Cunha Lima na política foi em setembro de 1889, quando foi candidato a deputado geral pelo 3º Distrito, cuja sede era Areia.
Após a proclamação da República, foi nomeado juiz de Direito da Comarca de Princesa em 1889. Em 1890, assumiu o cargo de Chefe de Polícia do Estado, substituindo o conterrâneo Dr. Coelho Lisboa, que rompera com o presidente Venâncio Neiva. Além disso, o governo lhe havia entregue a chefia política de Areia. 
Com uma idade avançada, e depois de uma intensa atividade política, Cunha Lima aos poucos se afastou das atividades políticas, as quais passou a delegar ao seu filho, o Coronel Cunha Lima Filho. Já muito doente, faleceu em 05 de setembro de 1928, aos 78 anos de idade, fato lamentado em toda a Paraíba e principalmente em Areia, pelo prestígio que conseguiu e sempre desfrutou.


Fonte: Gerson Paulino de Lima Júnior. As origens da família Cunha Lima: sua representatividade política e social no Brejo de Areia  (1889-1930)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Paternidade areiense da poetisa Cora Coralina.

Voz viva da cidade de Goiás, personagem e símbolo da tradição da vida interiorana, Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889. Filha do desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, paraibano, nascido na cidade de Areia em 28 de dezembro de 1821. Cora deixou registrado em seu poema “Lampião Maria Bonita... e Aninha” suas origens paraibanas “Meu pai nordestino. Está na pedra de seu túmulo, no velho São Miguel. Nascido na Paraíba do Norte. Areia”.
Temos poucas informações sobre a vida do pai de Cora Coralina, todavia é sabido que ele chegou em Goiás como juiz do tribunal de relação em 1884, e se tornou desembargador nomeado por D. Pedro II, foi juiz municipal e de direito na comarca de Xique-Xique, Bahia, e serviu no Estado do Piauí como chefe de polícia em 1911.
No que diz respeito a cidade natal do pai de Cora essa informação pode ser comprovada, pois ao longo de sua vida ela repetiu esse dado em entrevistas, correspondências (por enquanto não tivemos acesso) e também em poesia, como a que já citamos.

Foto mortuária do pai de Cora 


Cora Coralina 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Vila Real do Brejo de Areia.

Por alvará de 17 de junho de 1815 foi criada a Freguesia de N. Senhora da Conceição com o nome de Vila Real do Brejo de Areia, assistindo ao seu governo civil dois juízes ordinários e três vereadores, com os mais oficiais do comum nas outras vilas da mesma ordem. Fica vinte e duas léguas arredada de Montemor. Algodão é a riqueza do seu povo.

Aires de Casal em Relação Histórica-Geográfica do Reino do Brasil, 1817.


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Areia em 1922.

Foto do centro de Areia, atual rua Getúlio Vargas, na época denominada de Álvaro Machado, extraída da revista Illustração Brasileira de setembro de 1922. A matéria da revista tratava da construção da "rodagem" entre Areia e Alagoa Grande.



sábado, 11 de fevereiro de 2017

Fiação e Tecelagem Arenópolis S/A.

Depois da crise gerada pela I Guerra Mundial foi que se instalou em Areia a indústria têxtil, mas precisamente no ano de 1925, quando chegaram na cidade as primeiras máquinas têxteis de origem inglesa.
Inicialmente a atividade têxtil era exercida por artesãos que produziam vários artigos como, toalhas, redes e tapetes que eram vendidas no comércio local e nas cidades próximas. 
Dessas atividades, e mais especificamente da confecção de redes, notou-se a condição que tinha a cidade de possuir uma fábrica de tecelagem a moldes de outros grandes centros industriais do nordeste. 
Dessa forma, um grupo de empresários tendo a sua frente o industrial Armando de Freitas, trouxeram pra Areia a única fábrica de fio que se instalou no Município. 
Em 1946 a fábrica de fio de Areia transformou-se numa sociedade anônima, sob a denominação de Fiação e Tecelagem Arenópolis S/A. 
No decorrer dos anos de 1946 a 1965, a Fiação e Tecelagem Arenópolis S/A funcionou em pleno desenvolvimento, assegurando, não somente a sua condição financeira, como também a estrutura social e econômica do município.




sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Minerva

Quando Otacílio era prefeito  (1904-1908), recebeu o Teatro Recreio os últimos benefícios de sua história. O prefeito dotou o Teatro com jardim, varanda, iluminação a acetileno, mobiliário e outros melhoramentos. Horácio Silva  (professor de português e matemática ), nessa oportunidade, colocou no frontispício do prédio uma estatueta da deusa Minerva, recuperada do jardim público de Santa Rita, originando-se daí o apelido que vingou e ainda perdura de Teatro Minerva.






quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Primeira instituição de nível superior da Paraíba.

Início da história da primeira instituição de nível superior da Paraíba, atual Centro de Ciências Agrárias da UFPB em Areia. 
Em 10 de setembro de 1933 Areia recebia a visita do então  presidente do Brasil, Getúlio Dorneles Vargas. Em clima de grande expectativa o presidente foi recebido para verificar as possibilidades para a instalação de uma Escola de Agronomia. O presidente estava acompanhado por técnicos do Ministério da Agricultura,  encarregados de realizar os estudos preliminares à implantação da Escola de Agronomia.














terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Ademar Paulino

Ex-prefeito de Areia, Ademar Paulino (Pai Vei), ainda jovem, comemorando com sua esposa, Maria Mercês de Lima (in memoriam), e parentes a primeira comunhão do seu primogênito Gerson, acompanhados ainda dos filhos Lúcia e Roberto em 1967.


Pedro Américo: comemoração dos seus 150 anos

1994 foi um ano dedicado aos 150 de Pedro Américo. Dentro da programação da solenidade, autoridades seguiram em romaria até ao Mausoléu do ilustre areiense, no cemitério São Miguel, onde o senhor José Alves proferiu um discurso lembrando alguns fatos da vida do homenageado. 
Na imagem ainda vemos o professor Juraci Pina, o senhor Nelson Carneiro bem como a senhora Cármen Izabel que representava o governo Estadual.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Estabelecimentos comerciais.

Estabelecimentos comerciais que fizeram parte da história de Areia e que marcaram toda uma geração. 

Esses eram patrocinadores no jornal "O Areiense".



sábado, 4 de fevereiro de 2017

Manoel João Francisco Duarte.

Em meados do século XIX se fixou em Areia, Manoel João Francisco Duarte. Esse português transformou-se em inimigo da Coroa devido ao fato de ter ousado em sonhar com a República. Para continuar livre, teve que fugir para o Brasil e se instalou na então Vila Real do Brejo de Areia. Aqui além do perigo de ser localizado pela Corte enfrentou também a hostilidade dos brasileiros contra os portugueses a quem chamava de “marinheiro” ou “galego”. Todavia aos poucos ganhou o respeito de toda sociedade areiense, pelas suas qualidades pessoas, pelo seu ideal republicano e pelos serviços prestados a comunidade, recebendo assim a proteção de todas contra as forças da monarquia. 
Manoel desempenhou diversas atividades como agrimensor, ensinou aos jovens de Areia a tocar instrumentos musicais, a dançar e os orientou para a literatura, como conhecedor de mecânica, ensinou as mulheres a usar as primeiras máquinas de costura que chegaram na região do brejo. Além disso prestou serviços como enfermeiro, já que sabia aplicar injeções e conhecia práticas médicas, tendo assim ajudado muitas pessoas, sobretudo nas constantes epidemias que assolavam a região. 
Erradicado em Areia, Manoel casou-se com uma legítima representante da oligarquia areiense, da família Santos Leal, Joaquina dos Santos Leal. O casal morou na propriedade deles, o sítio Lava-Pés, que ficava bem próximo da cidade.  A personalidade dos dois, totalmente opostas, ele dotado de um temperamento calmo e paciente, e ela irritadiça, afogada e impaciente, povoou o imaginário da sociedade de Areia. Eles tiveram duas filhas: uma conhecida como Nenen e outra chamada Rita Emerentina. A primeira casou muito jovem e foi residir no Rio Grande do Norte, já Rita contraiu matrimônio com João Rodrigues de Oliveira Melo, dando origem a uma grande família, conhecida pelo sobrenome Rodrigues.


Fonte: Hercílio Rodrigues: Seu Mundo e sua gente. Zuleide R. Rodrigues 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

José Rufino e amigos.

José Rufino e seu Zé Henrique numa agradável conversa com Dr. Iordan, Dr. Paulo, Dr. Argemiro e seu Jaime, no segundo andar do casarão do Marinheiro Jorge.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Padre Ruy, coronel Cunha Lima e José Rufino.

Monsenhor Ruy Barreira Vieira, ao lado da historiadora Rosilda Cartaxo entrevistando  o Coronel Cunha Lima, líder político de Areia.