A igreja avançava ocupando um entroncamento de rua (...) ela não se reduzia a um lugar de devoção e de festas. Servia de depósito de defunto. Chegava a rede e era largada no chão com o corpo dentro.
A tragédia do Sítio Velho avermelhou esse ambiente. Foi o seguinte: tornaram-se inimigos membros de uma mesma família que moravam em sítios vizinhos. Sobreveio uma questão de limites, responsável em todo o interior por violentos conflitos.
Como protesto, pelo dano sofrido em sua lavoura, um cortou a cauda de uma ovelha de outro. Foi o bastante. Utilizando as armas e todo o material agrícola, passaram a matar-se e o resultado da luta estava exposto nesse lugar sagrado.
Deixaram-me ir ver aquele horror. Eram nove, se bem me lembro, entre mortos e feridos. Um quadro que para sempre se gravou na minha memória foi o da mulher grávida que tinha a cabeça partida por uma foice e o ventre rasgado á faca.
José Américo de Almeida.
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